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Riscos do Amianto

A discussão acerca dos riscos do amianto é de vital importância para a saúde pública e a integridade do meio ambiente. Este mineral natural, outrora amplamente utilizado devido à sua resistência e versatilidade, hoje é banido em mais de 60 países, um testemunho de seu potencial perigoso. No Brasil, onde o uso dessa substância foi proibido a partir de 2017, persiste a necessidade de abordar os desafios que o amianto ainda apresenta.

O objetivo deste artigo é elucidar os perigos inerentes ao amianto, enfatizando a imperativa necessidade de uma gestão adequada e informada. Trata-se de uma questão de responsabilidade para com as gerações atuais e futuras, e um compromisso com a preservação de nosso entorno natural e urbano. Assim, convida-se o leitor a uma reflexão profunda sobre os riscos do amianto e as medidas necessárias para garantir a segurança e bem-estar comum.

O que é amianto

O amianto é uma fibra mineral natural que, devido às suas propriedades de resistência ao calor, durabilidade e isolamento acústico, foi amplamente utilizado na fabricação de uma gama de produtos, incluindo telhas e tanques de água. Existem diferentes tipos de amianto, que podem ser classificados pela sua morfologia e propriedades químicas. Os principais tipos incluem:

  • Crocidolita: também conhecida como “amianto azul”, é reconhecida por sua resistência química e alta periculosidade.
  • Tremolita e Actinolita: menos comumente utilizadas comercialmente, mas frequentemente encontradas como contaminantes em outras variedades de amianto.
  • Amosita: ou “amianto marrom”, comumente usado em produtos isolantes e de construção civil.
  • Antofilita: de uso menos comum e muitas vezes presente como contaminante em depósitos de talco e vermiculita.
  • Crisotila: conhecido como “amianto branco”, é o tipo mais comum e foi amplamente utilizado devido à sua flexibilidade.

Estas fibras podem ser encontradas em locais como construções, estaleiros, usinas de energia, oficinas de reparação automotiva, fábricas têxteis, mineração e processamento mineral, entre outros. Apesar das suas qualidades resistentes, o amianto foi banido em diversas partes do mundo devido aos sérios riscos à saúde e ao ambiente que apresenta.

Riscos à saúde

A exposição ao amianto desencadeia uma série de agravos à saúde, dos quais a asbestose, uma forma de pneumoconiose causada pela inalação de fibras de amianto, é apenas o início. Essa patologia evolui com a fibrose do tecido pulmonar e pode levar a uma insuficiência respiratória crônica. Outra doença fatal diretamente associada é o mesotelioma, um tipo de câncer que afeta a membrana mesotelial e é notoriamente difícil de tratar.

Além dessa terrível dupla, a exposição ao amianto aumenta significativamente o risco de câncer de pulmão e outros tipos de doenças respiratórias. O perigo reside não apenas na inalação de fibras, mas também na possibilidade de ingestão ou contato direto com a pele, abrindo um leque de vias pelas quais o amianto pode invadir e prejudicar o organismo. A gravidade dessas doenças é amplificada pela sua natureza muitas vezes irreversível e pela longa latência entre a exposição e o surgimento dos sintomas.

Riscos ao meio ambiente

Os riscos associados ao amianto transcendem a saúde humana e estendem-se pelas veias do nosso planeta. A poluição do ar, provocada por partículas de amianto em suspensão, não conhece fronteiras, dispersando-se e afetando ecossistemas inteiros. O solo, uma vez contaminado, torna-se um reservatório de toxinas, prejudicando a flora e, por consequência, a fauna que dela depende. A água, fonte de vida, também não está imune, pois a contaminação de lençóis freáticos pelo amianto pode ter repercussões alarmantes sobre a saúde pública.

É imperativo sublinhar a urgência de gestão e descarte adequado de materiais contendo amianto. Essas medidas são vitais para prevenir danos ambientais e assegurar a preservação da qualidade dos recursos naturais. A responsabilidade de proteger nosso meio ambiente exige ação coletiva – governos, empresas e cidadãos devem trabalhar em conjunto para garantir um futuro seguro e sustentável.

Proibição e gestão do amianto no Brasil

O uso do amianto encontra-se proibido no Brasil desde 2017, após a confirmação de suas nocivas implicações para a saúde pública e o meio ambiente. Esta proibição reflete o compromisso do país com as práticas de segurança e a preservação da qualidade de vida da população. A gestão responsável e a remoção de materiais que contêm amianto são medidas imperativas que foram regulamentadas para assegurar a proteção necessária.

As empresas e instituições públicas estão obrigadas a adotar estratégias e procedimentos detalhados para a gestão adequada do amianto, que incluem desde a identificação de materiais que contenham essa fibra até a sua remoção e descarte seguro. Isso envolve um conjunto de ações coordenadas, como:

  • Avaliação rigorosa e mapeamento de áreas de risco;
  • Capacitação de profissionais para a manipulação segura;
  • Monitoramento constante da saúde dos trabalhadores expostos;
  • Aplicação de tecnologias para prevenção da dispersão de fibras no ambiente.

É dever das autoridades públicas supervisionar e garantir que todas as normativas sejam efetivamente implementadas, visando a minimização dos riscos associados ao amianto e a proteção da população brasileira.

Conclusão

Ao revisitar os perigos inerentes ao amianto, evidencia-se a criticidade da gestão adequada deste material e da continuidade de sua proibição. A exposição aos seus riscos implica severas consequências à saúde, como mesotelioma, asbestose e câncer de pulmão, além de acarretar danos irreversíveis ao meio ambiente, contaminando ar, solos e recursos hídricos.

Desde a proibição do uso de amianto no Brasil em 2017, tornou-se imperativo que empresas e órgãos públicos assumam a responsabilidade por medidas rigorosas de gestão e remoção de materiais que contenham a fibra. A prevenção de danos à saúde dos trabalhadores e da população deve ser uma preocupação constante.

O compartilhamento deste conteúdo é um passo fundamental para ampliar a conscientização acerca das implicações sérias do uso do amianto. É um chamado à reflexão e à ação, unindo-nos no esforço de resguardar a integridade da saúde humana e a preservação do equilíbrio ambiental.

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